TJ-RS teve de transferir mais de 10 milhões de processos para nuvem
Com a enchente que atingiu sua sede em Porto Alegre, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul teve de migrar 10,3 milhões de processos para armazenamento em nuvem. Isso permitiu que o sistema da corte permanecesse no ar.
Gustavo Mansur/ Palácio PiratiniEnchentes no Rio Grande do Sul, Porto Alegre alagada em maio de 2024
Ruas de Porto Alegre alagadas no último mês de maio
O prédio do TJ-RS foi duramente atingido porque fica no bairro Praia de Belas, à beira do Lago Guaíba, cujas cheias originaram as enchentes. As informações são da Folha de S.Paulo.
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região também foi afetado e teve as maiores perdas processuais, com o alagamento do pavilhão do arquivo-geral do órgão, localizado na Zona Norte da capital gaúcha.
Mais de um milhão
De um total de 2,5 milhões de processos físicos — entre arquivados de forma provisória ou em definitivo —, mais de um milhão foi atingido.
A água danificou o acervo de casos de 1935 a 2000, reconhecidos por sua importância histórica com o selo Memória do Mundo, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Um grupo de trabalho do TRT-4, com a ajuda do Arquivo Nacional, vem tentando recuperar processos molhados e sujos de lama, óleo e matéria orgânica.
O tribunal diz receber, por semana, mais de cem solicitações de consulta de processos armazenados no arquivo.